Brasil e Argentina tiveram um início abaixo do esperado nas Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo de 2018. As duas principais seleções do continente ainda não demonstraram o futebol que costuma ser hegemônico na região e brigam do meio para baixo na tabela de classificação. Tentando reverter essa situação, as duas equipes se enfrentam nesta quinta-feira, às 22 horas (horário de Brasília), no Estádio Monumental de Nuñez, em Buenos Aires, pela terceira rodada do torneio.

Com três pontos, o Brasil é apenas o 5º colocado. Isso porque o time de Dunga teve uma estreia com derrota por 2 a 0 para o Chile, no Estádio Nacional, em Santiago. Na sequência, jogando no Castelão, em Fortaleza (CE), a Seleção Canarinho se recuperou e bateu a Venezuela por 3 a 1, com dois gols de Willian e um de Ricardo Oliveira.

A situação da Argentina é ainda pior. Atuais vice-campeões mundiais, tendo perdido a final da Copa do Mundo para a Alemanha por 1 a 0 apenas na prorrogação, a Seleção Alvi-Celeste não conseguiu mais reproduzir as boas atuações de 2014 e conquistou apenas um ponto nas duas primeiras partidas das Eliminatórias, ocupando a 7ª colocação. Na estreia, no mesmo Monumental de Nuñez, o time de Tata Martino foi surpreendido pelo Equador com derrota por 2 a 0 e, na sequência, empatou sem gols com o Paraguai, no Defensores del Chaco.

Com apenas duas rodadas disputadas, as Eliminatórias Sul-Americanas têm três líderes com seis pontos cada. Uruguai, Equador e Chile venceram suas duas partidas e dividem a ponta.Na sequência vem o Paraguai, com quatro pontos e o Brasil, com três. A Colômbia ocupa a 6ª colocação com a mesma pontuação dos brasileiros, mas perde no saldo de gols: 0 do time de Dunga, contra -1 dos Cafeteros.

DUNGA FAZ MISTÉRIO

Antes de embarcar para a Argentina, a Seleção Brasileira treinou na Arena Corinthians, em São Paulo, e Dunga teve tempo de armar o time que planeja escalar como titular para o clássico. Sem dar pistas, o treinador testo diversas formações e deixou um mistério no ar.

Com a volta de Neymar, que cumpriu suspensão nas duas primeiras partidas das Eliminatórias, devido a uma expulsão ainda na disputa da última Copa América, o time certamente não será o mesmo da última rodada. Ricardo Oliveira, Oscar ou Lucas Lima perdem uma das vagas para a entrada do craque do Barcelona.

Dessa forma, o time joga com dois volantes: Luiz Gustavo e Elias, além de Willian, Douglas Costa e Neymar mais à frente. A Variação afeta o modo do time jogar, já que Dunga tem a opção de utilizar Ricardo Oliveira como homem de referência, ou povoar mais o meio de campo com um dos dois meias, o que deixaria Neymar ainda mais livre.

Na defesa, mais dúvidas. Alisson é o favorito para assumir a titularidade no gol, mas tanto Cássio quanto Jefferson têm chances de começar jogando. Além deles, Daniel Alves e Danilo se revezara na lateral-direita e o treinador não confirmou qual dos dois terá a oportunidade de enfrentar a Argentina.

SEM MESSI, AGUERO E TÉVEZ

Se a situação da Argentina é delicada na tabela de classificação, o problema fica ainda maior quando se analisa o time que o técnico Tata Martino tem a disposição para colocar em campo, principalmente no ataque. Sem Messi e Aguero, ambos machucado, Tévez suriu como principal nome para o comando ofensivo da equipe, mas também acabou cortado por lesão.

Dessa forma, Ezequiel Lavezzi e Gonzalo Higuaín devem formar a dupla de ataque argentina, o que comprova mais uma vez a grande quantidade de boas peças no ataque que a Seleção Alvi-Celeste tem.

 

O restante do time, deve seguir a mesma lógica que vem sendo utilizada por Tata Martino nas últimas partidas, com Romero no gol e uma linha de quatro defensiva formada por Roncaglia, Otamendi, Funes Mori e Marcos Rojo. No meio de campo, Biglia e Mascherano são os responsáveis pela marcação, com Banega e Di María com maior liberdade para armar.