Não há tempo de o Inter ser rebaixado.

A afirmação é do matemático Tristão Garcia. Ainda que em seu site, o Infobola, o professor analista do Brasileirão, dê 2% de risco de descenso para os colorados, dificilmente isso ocorrerá.

— É pouco provável que ainda seja ultrapassado por seis times que estão atrás dele — anuncia Tristão.

— Um grande clube é capaz de reverter 98% de risco de rebaixamento em 10 rodadas, como fez o Fluminense em 2009. Mas um grande clube não é capaz de em seis rodadas transformar 2% deste risco em 100%. É claro que precisará somar ao menos cinco pontos nos 18 que restam — acrescenta ele, justificando o percentual do clube na briga contra a Série B.

Além de acreditar nesta pontuação mínima do Inter nas últimas seis rodadas do Brasileirão, o matemático se apega à média das recentes seis rodadas para tranquilizar os colorados. Tristão lembra que se aqueles clubes que perseguem o Inter (Vasco, o primeiro dos rebaixados, Fluminense, Bahia, Portuguesa, Coritiba e Corinthians) mantiverem o ritmo atual, apenas o Coritiba terá condições de superar o time de Clemer. Um único milagre foi verificado nas últimas temporadas. Em 2009, o Fluminense marcou 16 pontos nas últimas seis rodadas, deixou a lanterna e terminou em 16º.

— Caso o Inter e mais essas seis equipes repitam a pontuação nas últimas seis rodadas, os colorados farão 47 pontos e encerrarão em 12º (hoje o Inter é o 11° colocado), sendo ultrapassados apenas pelo Coritiba, que iria a 49 pontos — afirma Tristão.

Ainda que no discurso o Inter tenha demorado a admitir que lutaria na parte de baixo da tabela, na prática, o temor de perder um de seus patrimônios, o de não ser rebaixado, já estava presente na demissão de Dunga.

Ao sofrer a quarta derrota em série, para o Vasco, na 25ª rodada, a ordem foi trocar de treinador. A equipe estava na 10ª colocação e o fantasma de 2002 voltava a rondar a direção. Com Abel Braga em férias, o Inter esteve por fechar com Celso Roth, desistiu, e efetivou o interino Clemer. Caiu para a 11ª colocação.

— Os clubes gaúchos parecem não saber jogar o Brasileirão. Empatar nunca é bom. É um campeonato de vencer e de perder, não de empatar _ ensina Tristão.

— O ano era de manutenção para o Inter, não era para grandes voos. Tanto é assim que jogou todas as fichas no Gauchão — conclui o matemático que, assim como D`Alessandro, entende que o Inter seguirá na Série A em 2014.