Os quatros atletas de Taekwondo que participaram dos I Jogos Sul-americanos da Juventude e que conquistaram uma medalha de ouro e outra de prata para o país, dizem ter vivido a maior experiência das suas vidas neste evento. Foi a primeira competição internacional para todos eles e, certamente, será um dos marcos mais importantes das suas carreiras como atletas. 

Edival Pontes, o primeiro campeão da categoria -59Kg na história dos Jogos Sul-americanos da Juventude, declarou que “esta foi uma oportunidade para aprender, não só como competidor, mas também a nível cultural”. “Pude contatar com pessoas de diferentes culturas e isso ajudou-me a perder o medo de lutar com atletas de outros países. Mas estou consciente de que, apesar de ter conquistado este título, tenho a aprender muito! Sei que para disputar um Mundial, por exemplo, tenho que estar melhor do que hoje, mas logicamente estou feliz com o resultado”, acrescentou o brasileiro, que venceu Suriname, Chile, Colômbia e a final contra o Peru. 

Para Eduarda Detogni, a paranaense que conquistou o vice-campeonato -54Kg, o sentimento face a esta participação é semelhante. “É uma experiência que levarei para a vida toda e que me ensinou a corrigir alguns erros que não pretendo repetir. Gostei do meu desempenho, pois dei o meu melhor e tentei fazer tudo certo. Perdi por pouco, no golden point, contra a Colômbia. Foram detalhes e é precisamente essas arestas que preciso limar, sempre com muito treino”, sublinhou a jovem. 

Roniery Flores e Stephanie Forcin, que disputaram as categorias -48Kg e 52Kg, respectivamente, não conseguiram medalhar, mas levam deste Sul-americano um grande aprendizado e uma grande vontade de melhorar nas próximas competições. 
De acordo com o atleta do Rio de Janeiro, a importância do campeonato acabou por criar alguma pressão. “Vivi um momento único e conquistei um grande aprendizado. Contudo, não fiquei muito feliz, pois não lutei como esperava. Fiquei muito impressionado com a estrutura e acabei não lutando bem”, confessou Roniery Flores. 

Já para Stephanie Forcin, a ansiedade também foi a sua pior inimiga, mas a determinação que ganhou agora será ainda maior. “Vou levar esta boa experiência para o resto da vida. Quero corrigir meus erros, pois sei que tenho capacidade para vencer. A verdade é que fiquei muito ansiosa, mas sei que luto mais do que lutei aqui. Tenho a certeza que vou melhor nas próximas competições e representar o Brasil com grande nível”, sublinhou a jovem paulista. 

Na opinião do coordenador juvenil Junior Maciel, que acompanhou os quatro taekwondistas brasileiros em Lima, “todos eles são atletas com grande potencial”. “Tiveram um bom desempenho nestes Jogos Sul-americanos, mas tenho a certeza que numa próxima competição internacional vão conquistar resultados ainda melhores. O taekwondo brasileiro tem muitos talentos e podemos ter ótimas expectativas com relação a estes nossos jovens”, concluiu o chefe de equipe do Taekwondo nestes jogos.