O delegado adjunto da 14ª Subdivisão Policial de Guarapuava/PR, Alysson de Souza confirmou no final da tarde desta sexta-feira (23/08), que as duas mulheres presas no interior de São Paulo, acusadas de terem sequestrado um bebê, são as mesmas que tentaram raptar uma criança em Guarapuava.

O caso aconteceu em junho deste ano no Bairro Santana. As mulheres se aproximaram da família de Ana Paula Galeski dizendo pertencerem à Pastoral da Família. No dia 30 de maio elas retornaram à residência da família e ofereceram emprego ao pai da criança. De acordo com as mulheres o homem teria que se apresentar na Colônia Samambaia em Entre Rios no dia 1º de junho, data que sequestrariam a criança. 

Após a saída do homem da casa, onde ficaram apenas Ana Paula, o bebê e um sobrinho de 10 anos, uma das mulheres fez café e ofereceu a mãe que desmaiou em seguida e foi levada até o quarto. Em seguida teria ocorrido uma explosão e a casa pegou fogo atingindo Ana Paula. Enquanto isso, as duas mulheres tentaram fugir com o bebê dentro de uma bolsa, mas foram impedidas por vizinhos. 

De acordo com o delegado, na sacola tinha duas Carteiras de Identidades em nomes de Angela Nicoliche e Aparecida Marta Nicolete. Os documentos foram recolhidos em encaminhados ao Instituto de Investigação em São Paulo que comprovou a veracidade dos documentos. Ainda em julho, a prisão das duas mulheres foram solicitadas pelo delegado de Guarapuava. 

Internada em hospital de Londrina, Ana Paula morreu no dia 24 de junho, vitima das queimaduras que atingiram o seu corpo. O menino está com o pai.

Na tarde de quinta-feira (22/08) o delegado Alysson de Souza assistiu um dos noticiários onde ficou sabendo do caso ocorrido em Santa Bárbara D’Oeste envolvendo duas mulheres no sequestro de um recém nascido. 

“As características do crime se assemelham com o ocorrido em Guarapuava”. Alysson entrou em contato com a policia de Santa Barbara D’Oeste e comunicou que em Guarapuava havia ocorrido um caso parecido. As duas mulheres foram detidas nesta sexta-feira na casa onde estavam com outras seis pessoas. 

De acordo com Alysson, uma das mulheres é usuária de crack e está irreconhecível. “Estão mais velhas e costumam usar disfarce”. O delegado de Guarapuava segue até São Paulo e na terça-feira (27/08) irá ouvi-las em depoimento. 

Em contato com a Rede Sul de Noticias o Departamento da Rede Record de São Paulo informou que o motorista que fazia corridas para as mulheres há cerca de um ano confirmou que tinha vindo a Guarapuava. Há suspeitas de que as mulheres pertençam a uma rede internacional de sequestro de bebês.