A Polícia Civil de Chopinzinho vai aguardar os exames de DNA, que serão realizados pelo Instituto de Criminalística do Paraná, para confirmar a morte do menino indígena Gabriel Tupã de Quadros, de três anos, morador da aldeia em Palmeirinha do Iguaçu. O garoto estava desaparecido desde o dia 14 deste mês enquanto brincava com seu irmão às margens da rodovia BR 373. Uma tia, Suzana Quadros, encontrou as roupas do menino e logo adiante partes da ossada, a cerca de 600 metros da casa do menino.

A versão inicial, que era sustentada pela família, dizia que o menino teria sido levado por um motorista, em um carro preto, que teria parado e oferecido balas para ele. Esse foi o relato do irmão, de cinco anos, que estava com Gabriel no dia do desaparecimento. Policiais do Sicride (Serviço de Investigação de Crianças Desaparecidas), de Curitiba, vieram para a região e realizaram investigações, chegando a divulgar um retrato falado do suspeito. Porém, agora, as investigações ganham novos contornos. A Polícia Civil de Chopinzinho não descarta que o crime tenha sido cometido por alguém da própria aldeia.

O perito chefe do Instituto de Criminalística, Seção Técnica de Francisco Beltrão, Patrick de Souza, disse que foram encontrados apenas fragmentos do crânio de uma criança. Será realizada a coleta de material dos pais para confrontar com os restos encontrados. "Como o DNA terá que ser extraído destes fragmentos de ossos para poder fazer o confronto, acreditamos que irá demorar pelo menos 30 dias", explica.

Também foram achados chumaços de cabelo, chinelos e roupas, que os familiares reconheceram ser as mesmas peças que Gabriel usava no dia que sumiu. Portanto, os indícios são muito fortes de que ele esteja morto.

Em diversas ocasiões as equipes de buscas tinham passado pela trilha, mas os restos mortais só foram achados na segunda. Uma das hipóteses é que algum animal tenha se alimentado do corpo e levado os restos mortais para próximo da trilha.