Por que Corinthians e Vasco se reuniram na última sexta por Dedé, se o jogador sairia apenas em julho? O Timão, já classificado para o mata-mata da Libertadores, tem esperança de contratá-lo para as oitavas de final, que ocorrem no fim deste mês.

Antes da reunião de René Simões com os dirigentes corintianos no CT Joaquim Grava, o Cruz-Maltino havia admitido que seu primeiro semestre estava “perdido”: não se classificará para as finais da Taça Rio, já que é o último do grupo, e estreia na Copa do Brasil no fim de agosto. Já o Brasileirão terá apenas cinco rodadas antes de ser paralisado, no início de junho, para a Copa das Confederações.

Como revelado na última quinta-feira, os cariocas querem jogadores, além de dinheiro, para liberar o zagueiro. O nome preferido é o de Emerson Sheik, mas o Corinthians já avisou que, até o fim da Libertadores, não vai liberá-lo, nem qualquer dos titulares ou jogadores frequentemente usados por Tite no primeiro semestre. Assim, foram colocados à disposição jogadores pouco aproveitados ou que hoje estão emprestados.

René voltou para o Rio e conversará com o técnico Paulo Autuori para ver se ele aprova algum dos nomes apresentados. Então, dará com a resposta para os termos do negócio serem ajustados. O dirigente admitiu a chance de vender Dedé para o Corinthians.

– Se for uma coisa muito boa para o Vasco e para o jogador também... Acho que tem que ser um negócio muito bom, não pode priorizar nem o mercado interno e nem o externo, tem de priorizar uma boa proposta. O Vasco precisa de uma boa proposta – afirmou René.

Neste sábado, tanto o diretor cruz-maltino como o diretor do Timão, Duílio Monteiro Alves, disseram que o encontro foi para tratar de outros assuntos, e que Dedé foi “citado”. O fato é que, pelo desejo de ambos, uma novidade pode ocorrer em breve. O Vasco também espera outros interessados para decidir. No Brasil, o Cruzeiro já manifestou o desejo.

A DIS, braço esportivo do Grupo Sonda, que detém 45% dos direitos econômicos de Dedé, já avisou que vai ajudar na compra dos 45% que hoje pertencem ao clube carioca. em fevereiro, a empresa ofereceu 4,5 milhões de euros, referentes à parte do Vasco na multa, de 10 milhões de euros (R$ 26 milhões), mas a oferta foi rejeitada.