A Secretaria de Estado da Educação vai implantar o projeto Qualidade de Vida do Internato, para alunos de colégios agrícolas ou florestal. O objetivo é desenvolver atividades no período noturno para proporcionar um ambiente mais agradável de convivência e respeito coletivo entre os alunos para uma formação de qualidade. 

O projeto foi debatido com os diretores e técnicos pedagógicos dos Núcleos Regionais de Educação e dos Colégios Agrícolas e Florestal e as escolas foram orientadas a elaborar propostas de ações para serem desenvolvidas com os alunos em 2013. 

O Paraná possui 18 colégios agrícolas e um florestal, que atendem 5,8 mil alunos e, destes, 4,5 mil permanecem na escola em regime de internato, que permite aos jovens filhos de agricultores fazer o curso técnico permanecendo na escola sem nenhum custo. Entretanto, quando esses alunos chegam aos internatos, com idade em média de 14 anos, em muitos casos é a primeira vez que estão se afastando de suas famílias. 

“Ao promover atividades de relações interpessoais e a participação em oficinas vamos possibilitar que esses alunos tenham um entrosamento mais fácil com os demais colegas, com funcionários e pedagogos, transformando a escola em um ambiente mais agradável e acolhedor”, explica Marilda Menegazzo, diretora do Departamento de Educação e Trabalho. 

Nos períodos da manhã e tarde eles cursam as disciplinas do currículo dos cursos técnicos integrados ao Ensino Médio e participam das atividades práticas, aulas de campo e visitas técnicas em pequenas propriedades. À noite os estudantes participam de aulas de língua estrangeira, por meio do Centro de Línguas Estrangeiras e Modernas (Celem), informática, oficinas de artesanato e artísticas. 

Nos colégios, além das atividades pedagógicas relativas ao processo de ensino-aprendizagem, estão planejadas atividades para favorecer o acesso a manifestações culturais e artísticas. 

No Centro Estadual de Educação Profissional Agrícola da Lapa os alunos vão participar de palestras educativas sobre conservação do patrimônio público, terão reuniões com a comunidade escolar e ainda oficinas de artesanato. 

Quando concluem o curso, os estudantes recebem o diploma de técnico em agropecuária ou em floresta.