A abertura do Natal de Luz 2012, em Coronel Vivida, foi ofuscada por uma tragédia na noite desta sexta-feira (30/11). Anderson Lichneski do Nascimento, 19 anos de idade, foi protagonista de uma noite de horror, em Coronel Vivida. Primeiro, matou a mulher, Elisângela dos Santos de Paula, também 19 anos de idade, com mais de 30 facadas. O Crime aconteceu na casa onde o casal morava no bairro Flor da Serra, entre 19h30min e 21 horas. Pela cena encontrada no local do crime (muita bagunça dentro da casa) deduz-se que houve uma grande luta, onde ela tentou se defender da agressão. Ainda conforme o PM Barbosa, a faca utilizada por Anderson para o crime foi encontrada cravada no corpo de Elisângela. Anderson e Elisângela tinham uma filhinha de oito meses, que após o crime foi deixada por ele na casa de um vizinho, sozinha, já que a família também estava no centro da cidade assistindo a abertura do NATAL DE LUZ. Em uma carta endereçada à mãe, onde pede perdão, Anderson alega ter descoberto que estava sendo traído por Elisângela.

SEGUNDO ATO

Depois de matar a mulher, Anderson pega uma moto HondaTwister 250 e desce pro centro da cidade. Descendo a Avenida Generoso Marques, em altíssima velocidade (o ponteiro do velocímetro teria parado em 140 KM/H) vindo do Alto da Colina em direção ao centro, na esquina Avenida com a Claudino dos Santos, segundo contam populares, Anderson desviou de um caminhão que fazia a rotatória, se perde e atingiu um Astra estacionado bem em frente a San Rafael. A pancada foi muito forte no momento do choque com o carro (moto e carro ficam destruídos) e Anderson voa por cima do Astra para se chocar contra uma das vidraças da loja. Ele sofreu gravíssimos ferimentos, foi socorrido a UPA – Unidade de Pronto Atendimento pelo corpo de bombeiros (Cabo Jair e soldado Edemar), onde recebeu os primeiros atendimentos médicos, mas morreu a caminho de hospital de Francisco Beltrão. No Astra, estava Roniclei Bachmann, 28 anos de idade, a esposa dele, Carine dos Santos, 25, a filhinha do casal de um ano e meio, que estava no colo dela e um sobrinho de cinco anos. Carine contou que tinham acabado de estacionar o carro e preparavam-se para descer. Carine, a filha e o sobrinho nada sofreram, já Roni sofreu um grande corte no lado esquerdo do rosto, o qual foi medicado na UPA e lá permaneceu em observação, mas não corria nenhum outro tipo de risco.

A tragédia só foi descoberta porque a mãe de Elisângela, dona Elza, que estava assistindo a abertura do NATAL DE LUZ, e, sabendo que o genro tinha se acidentado, correu a UPA. Lá, solicitaram que ela providenciasse os documentos de Anderson para o encaminhamento dele a um hospital com UTI na região. Dona Elza conta que ligou algumas vezes para o celular da filha para pedir que ela descesse e trouxesse os documentos do marido. Porém, o telefone tocava, tacava e ninguém atendia. Então, como último recurso pediu carona a uma pessoa que a levou até a casa da filha no bairro Flor da Serra. Ao entrar na casa, se deparou com Elisângela caída sobre o sofá, toda ensanguentada e morta. A, neta, de oito meses, ela encontrou sozinha no quarto, na casa da vizinha da filha, que, aliás, cuidava da criança para Elisângela trabalhar. Segundo dona Elza, ela ouviu o choro de um bebê; chamou pela vizinha e ninguém atendeu. Então arrombou a porta e encontrou a neta abandonada por Anderson e suja de sangue.