O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, insistiu nesta quinta-feira (8) na necessidade de o Supremo Tribunal Federal (STF) ordenar a prisão imediata dos 25 réus condenados ao final do julgamento do mensalão (Ação Penal 470). Porém, a tendência dos ministros da Corte é determinar as prisões apenas após o julgamento de eventuais recursos dos condenados. "O que o Ministério Público vai defender e já vem defendendo é que não há motivo para que não se dê a execução definitiva imediata à decisão do plenário do Supremo Tribunal Federal", afirmou o procurador em entrevista a jornalistas.

Nesta quinta, os ministros agilizaram o ritmo de definição de penas para os acusados. Dois réus tiveram penas definidas e outros dois tiveram a análise da punição iniciada. Cristiano Paz, ex-sócio do publicitário Marcos Valério, foi condenado a 25 anos, 7 meses e 20 dias de prisão e o pagamento de R$ 2,5 milhões em multas pelos crimes de formação de quadrilha, corrupção ativa, peculato e lavagem de dinheiro. Na aplicação das sanções a Cristiano Paz, prevaleceram as penas propostas pelo ministro Joaquim Barbosa, relator da ação.