O Paraná é um dos estados, juntamente com São Paulo, Mato Grosso e Espírito Santo, que tiveram candidatos desclassificados do Enem por postar imagens do exame. As fotos foram feitas com celulares e postadas nas redes sociais, o que é proibido pelas regras estabelecidas pelo Ministério da Educação.

Quem estivesse com o aparelho deveria colocá-lo em um envelope lacrado, embaixo da carteira. O MEC não divulgou o nome dos alunos desclassificados, mas informa que, ao todo, 37 foram retirados das salas de prova.

Apesar dos registros, o Inep, braço do MEC que coordena o Enem, avalia que a primeira prova do exame transcorreu dentro da normalidade. “Toda a operação de logística ocorreu conforme o planejamento”, diz comunicado divulgado no final da tarde deste sábado (3).

MONITORAMENTO - Uma equipe de 15 funcionários, cada um com seu monitor, acompanhou as postagens nas redes sociais durante a aplicação do Enem hoje e dará continuidade ao trabalho amanhã (4). Segundo a assessoria do Inep, a Polícia Federal mantém uma equipe de plantão que trabalha junto com o instituto.

O foco são as mensagens publicadas no Twitter e no Facebook, que possam comprometer o exame. Pela manhã, uma postagem com informação falsa sobre o cancelamento do Enem chegou a ser publicada. A PF e o Ministério da Educação identificaram o autor.

A logística do exame também é monitorada. Por meio de videoconferência, o Inep mantém contato com os Correios, responsável pela distribuição das provas, o Centro de Seleção e de Promoção de Eventos (Cespe) e a Cesgranrio – entidades que fazem parte do consórcio aplicador da avaliação.

LOCAIS - Em todo o país, mais de 5,7 milhões de estudantes se inscreveram para o Enem. O exame é aplicado em 15.076 locais de prova distribuídos em 1.615 municípios em todas as regiões do país.

Muitos candidatos chegaram atrasados e também ficaram de fora do exame. O fato foi registrado em diversos pontos do país.

O Enem 2012, que está sendo feito por 5,7 milhões de estudantes, vai custar R$ 266,3 milhões ao governo. O custo por aluno nesta edição será R$ 46, de acordo com o Inep.

Em 2011, o custo chegou a R$ 45 por aluno, e o valor total investido para a prova foi de R$ 238,5 milhões.

O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, disse que o aumento do investimento se deve a melhorias na prova, desde o reforço da segurança para evitar fraudes a mudanças na correção, que este ano vai permitir aos estudantes acesso às redações corrigidas.

“É um custo muito pequeno para a oportunidade que estamos dando aos brasileiros de chegar à universidade pública. A igualdade de oportunidades é muito importante”, avaliou o ministro.

De acordo com o presidente do Inep, Luiz Cláudio Costa, o custo por aluno do Enem ainda é menor que o de vestibulares individuais.

O exame será aplicado em 15.076 locais de prova distribuídos em 1.615 municípios em todas as regiões.

As provas têm continuidade amanhã, domingo. O gabarito será divulgado no próximo dia 7.