Todos contra Ronaldinho Gaúcho. Onze jogadores no gramado do Engenhão e quase 40 mil torcedores nas arquibancadas. Não houve para onde correr. Por mais que o craque do Galo se esforçasse, havia sempre alguém pronto para cercá-lo. Se algum rival falhasse na marcação, o som dos apitos e das vaias tentava contê-lo. Deu certo. Na noite desta quarta-feira, em jogo adiado da 14ª rodada, o camisa 49 atleticano pouco fez no reencontro com o ex-clube e não conseguiu evitar a derrota por 2 a 1, que mantém o vice-líder a quatro pontos do Fluminense, agora com o mesmo número de jogos.

Alguns jogadores do Flamengo correram atrás de Ronaldinho como leões perseguem suas presas. Wellington Silva, Frauches, Amaral e Cáceres não permitiram ao jogador respirar. Dedicação máxima para deixar o principal jogador do Atlético apagado. Longe de seus melhores dias, R49 em alguns momentos lembrou o R10 do Rubro-Negro, aquele de pouco brilho e sem saída.

- A decisão era por fazer uma marcação homem a homem, mas quando ele rodasse não mudaríamos ninguém do nosso setor. É natural que o Ronaldo precise de uma marcação em cima, que tiremos os espaços, até pelas qualidades que ele possui. Em cada setor que ele caía havia sempre um ou dois elementos. Esse posicionamento e a postura dos jogadores fizeram com que ele não oferecesse tantos riscos – avaliou Dorival Júnior.

Cáceres, que dividiu com Amaral a fatia maior da responsabilidade de conter Ronaldinho, deixou o Engenhão satisfeito com o desempenho da dupla.

- Ele deu muito trabalho, mas com Amaral fizemos um bom trabalho. Ficou muito mais fácil. Para esse tipo de jogo temos de jogar assim, com muita raça e muita força - disse o paraguaio.