O associado definirá quem será o primeiro presidente da "era Arena". Fábio Koff (candidato da Chapa 1), Homero Bellini (Chapa 3) e Paulo Odone (Chapa 4) ultrapassaram a cláusula de barreira, de 20%, e disputarão a preferência dos 40 mil torcedores aptos a escolher o mandatário que comandará o Grêmio no biênio 2013-2014. O segundo turno, ou decisão "no pátio", como também é chamado, ocorrerá no dia 20 de outubro. Além do voto presencial, os sócios poderão escolher o seu candidato por correspondência.

Dos 314 votos, Paulo Odone amealhou 151 votos. Depois, veio Fábio Koff, com 93. Uma surpresa até para o grupo do ex-presidente, que esperava ficar entre 70 e 80 votos. Homero Bellini somou 67. Eldir Antonini, que não passou ao segundo turno, ficou com dois votos - um foi nulo. Ao término da votação, foi tocado o hino do clube e os candidatos se abraçaram.

Apesar do cumprimento cordial, a rivalidade não foi deixada de lado. Odone alfinetou Koff. O atual mandatário entende que o ex-presidente do Clube dos 13 precisa esperar o dia da eleição para saber quem comandará o Grêmio nas próximas temporadas. O preferido entre os conselheiros ainda prometeu manter o técnico Vanderlei Luxemburgo e disputar a Libertadores no primeiro ano da Arena:

- Eu acho que essa afirmação (que Koff vence na votação dos associados) antes de uma eleição é de muita arrogância. Isso já deu errado no passado. Não se ganha eleição antes de ela ocorrer. Temos que levar o debate ao associado para ele decidir. Nunca duvidamos dos números. Achávamos que ficaríamos entre os 150 votos. Fizemos 151. A chapa do Bellini passou. Estava dentro da minha previsão. Vamos à luta com o nosso torcedor. Queremos dar a continuidade do projeto, seguir com o Vanderlei e disputar a Libertadores na Arena.

Alvo de Odone, Koff evitou falar sobre os adversários. O histórico dirigente acredita que o time, pela boa campanha que realiza no Brasileirão (onde ocupa a terceira posição), disputará a Libertadores no ano que vem. E ele espera que o associado lembre de seu passado vitorioso no clube para elegê-lo para que possa alcançar o topo do continente novamente:

- A nossa expectativa (de votos) foi ultrapassada. Nosso objetivo é o tri da Libertadores, esse é o meu apelo. Posso fazer a diferença com meu passado de vitórias. Quero a mobilização do torcedor. Acho um pleito difícil, mas vou ao torcedor. Acho bom que o associado seja o juiz. Espero que o torcedor corresponda a minha expectativa e embale o sonho da terceira Libertadores.

Nome menos conhecido em meio aos históricos dirigentes, Bellini mantém a confiança. O conselheiro fez questão de vibrar com o número atingido no pleito. Para fazer a diferença "no pátio", ele entende que é o momento de uma modificação política, tanto em relação aos dirigentes quanto à filosofia:

- Ficamos dentro do que imaginávamos. Fizemos dois votos a menos do que a nossa programação. O número mostra a força do nosso movimento. Era só um movimento político contra dois grandes nomes da história do Grêmio apoiados por vários grupos. Estou muito satisfeito. É uma grande vitória. Mas foi só o primeiro passo para a vitória no dia 20 de outubro. Temos um projeto a ser apresentado. Para que o futebol seja bem sucedido, o clube todo precisa avançar. Durante este mês faremos chegar ao associado o nosso plano de gestão. Nós queremos apresentar um projeto efetivo.