Com maior adesão na região Sul, a mobilização dos caminhoneiros para uma greve nacional deverá intensificar o bloqueio de rodovias da região que levam aos estados do Sudeste a partir desta segunda-feira (30).

A ideia o coordenador do Movimento União Brasil Caminhoneiro (Mubc), Nélio Botelho, que organiza os protestos, é forçar o desabastecimento da região Sudeste e pressionar o governo federal a se pronunciar sobre as reivindicações da categoria.

 

"Existe a expectativa de que poderá haver desabastecimento a partir de segunda, especialmente no Rio de Janeiro", afirma Botelho.

As interdições nas rodovias, ressalta Botelho, serão parciais. Apenas caminhões e veículos de carga devem ser impedidos de passar. Carros de passeio, ônibus e veículos com cargas especiais estão liberados.

Somente no Paraná estão previstos cerca de 60 pontos de bloqueio. Minas Gerais, que é "o estado que mais aderiu", segundo Botelho, também deve concentrar mobilizações.

No Rio Grande do Sul, de acordo com estimativa do Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas e Logística (Setcergs), o volume de cargas transportadas nas rodovias locais era 40% menor que o normal na última sexta-feira, segundo entrevista do presidente do sindicato, José Carlos Silvano, à rádio Gaúcha.