Em meio ao impasse sobre o financiamento das obras de reforma do Beira-Rio visando à Copa de 2014, o governador Tarso Genro afirmou nesta segunda-feira que lutará para que Porto Alegre receba jogos do Mundial, mas não tem certeza de que as partidas serão disputadas no estádio do Inter.

— Se será no Beira-Rio ou não, já tenho minhas dúvidas. Mas faremos um esforço para que seja no Beira-Rio. Há necessidade de que todos façamos um esforço para que seja aqui em qualquer hipótese — afirmou o governador em entrevista ao programa Gaúcha Atualidade, sem descartar que a Arena do Grêmio seja apresentada como alternativa.  

Sobre a polêmica envolvendo a construtora Andrade Gutierrez (AG) e o Banrisul, Tarso defende a postura do presidente do banco, Túlio Zamin, que exige da empreiteira garantias sólidas antes de avalizar pedido de empréstimo de R$ 200 milhões junto ao BNDES. Segundo o governador, o Banrisul, que precisa seguir normas de boa gestão e regras do Banco Central, não pode agir além das suas limitações, sob pena de responsabilização.

Tarso, que afirma ter falado por telefone com a direção da AG pelo menos três vezes, reprova a nota divulgada no sábado pela empreiteira, com declarações que culpam o Banrisul pelo atraso nas obras.

— Não é adequado o comportamento. Colocar no centro da decisão um banco público é uma forma equivocada de ação empresarial, não é correto — disse o governador, que salientou que o Piratini acompanha passo a passo o processo e fará o possível para resolver o impasse.