A colheita em uma das fazendas do maior produtor de soja do Paraguai só está sendo feita porque conta com a escolta da polícia. A propriedade é de um brasileiro e fica em uma área de conflito.

Policiais paraguaios vigiam, enquanto funcionários da fazenda se apressam para colher a soja.  A plantação se estende por 9 mil hectares em Ñacunday, a 100 quilômetros da fronteira com o Brasil. Parte da propriedade está ocupada pelos carperos, como são chamados os sem-terra paraguaios.

“Eles mostram facão, madeira, pau, essas coisas”, conta o agricultor Genésio Lanius.

A fazenda pertence ao agricultor brasileiro, o chopinzinhense Tranqüilo Fávero. Para os sem-terra, parte da área é do governo. O advogado de Fávero diz que Tranqüilo tem o registro das terras.

A movimentação de motos, carros e até ônibus é constante no acampamento. O tempo todo tem veículos circulando e a estimativa dos sem-terra é que 8 mil famílias vivam no local.

O clima no acampamento é de tensão. Quando uma equipe de TV paraguaia tenta se aproximar, é expulsa pelos sem-terra.

O governo paraguaio diz que a questão da posse da terra será decidida pela Justiça.(fonte: Globo.com)