Diego Guichard
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Visivelmente incomodado, o vice de futebol do Inter, Roberto Siegmann chamou a imprensa para uma mini coletiva no gramado suplementar, na manhã desta terça-feira, enquanto o grupo principal realizava atividades físicas. Em uma conversa de sete minutos, o dirigente garantiu a permanência de Falcão, independentemente do resultado do Inter diante do Coritiba, domingo, pela quinta rodada do Brasileirão.

— Não vou trocar de treinador a cada quatro meses. É contra a história do Inter. Há um trauma pela troca de treinador? Evidente que há. Temos que buscar ainda a melhor forma de atuar — opinou o dirigente.

Enfático, o dirigente negou problemas de vestiários entre o grupo colorado e Falcão. Disse que há um clima de tranquilidade entre jogadores e treinador.

— Acompanho de dentro o que existe no vestiário, em relação a posicionamento de jogadores e da comissão técnica. Os comentários que existem de dentro do vestiário não dizem respeito à realidade — frisou — Dentro do vestiário, na relação entre jogadores há uma absoluta tranquilidade — acrescentou. 

Fogo amigo

Por outro lado, Siegmann falou em "fogo amigo" de pessoas ligadas ao próprio Inter. Disse que boatos que estão surgindo sobre o descontentamento dos jogadores sobre o trabalho do treinador são inverídicos.

— Estamos vivendo uma espécie de fogo amigo, depois de um processo eleitoral. Há algumas manifestações de que há dirigentes de dentro do vestiário que estão revelando isso ou aquilo. Absolutamente, isso não existe. E se isso existir... Quem não for colorado nesse momento e não estiver afim do engrandecimento do Inter que se retire e passe a trabalhar na imprensa — afirmou.

Certeza do trabalho

O dirigente voltou a lembrar da conquista do Gauchão, em pleno no Olímpico. Em relação ao Brasileirão, ressaltou que somente o resultado diante do Ceará é que ficou "fora da realidade".

— Queremos resultados. A caminhada no Brasileirão foi antecedida por uma vitória heroica na casa do adversário. Lamentamos a saída da Libertadores, mas temos absoluta certeza no trabalho que vem sendo feito — complementou.

Liberdade de expressão

Suspenso pelo TJD-RS, Siegmann não poderia conceder entrevistas pelo período de 35 dias. O dirigente se justificou:

— Entendo que a Constituição está muito acima de uma legislação administrativa do Poder Judiciário. A constituição garante o livre poder de expressão e eu estou me manifestando como conselheiro e vice de futebol do Inter.