Indignação é a palavra que resume o sentimento dos diretores da Cacispar (Coordenadoria das Associações Comerciais e Empresariais do Sudoeste do Paraná) com a aprovação, no Congresso Nacional, do projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para 2022. O Fundo Especial de Financiamento de Campanha — destinado aos partidos para campanhas políticas – será aumentado para R$ 5,7 bilhões, quase o triplo do montante já destinado.

O País vive uma grave crise institucional e econômica e a classe política escancara total insensibilidade por aqueles a quem deveria, a todo momento, representar. A pandemia de Covid-19 já vitimou mais de 540 mil pessoas, a vacinação não avança no ritmo que deveria e já chegamos a 14,8 milhões de desempregados. Sem contar o número de pequenos negócios impactados pelas restrições decorrentes do coronavírus.

Na votação, 278 deputados federais votaram a favor do fundo, 14 deles do Paraná. Do restante dos representantes do nosso Estado, apenas nove foram contra; seis não votaram e um se absteve de votar.

Não é possível aceitar mais este descalabro. São estes os nossos representantes? No ponto de vista da Cacispar e das 36 associações empresariais do Sudoeste, não. Está faltando empatia dos congressistas, caráter e sensibilidade para enfrentar os problemas que afligem os brasileiros e trabalhar pelas soluções.

Estariam legalizando tamanha sangria para compensar uma suposta ausência de práticas corruptas? A sociedade não pode mais aguentar tamanho desvio de recursos que poderiam fazer a diferença para a vida de muitas pessoas. A Cacispar repudia esta decisão insensata e assim como povo brasileiro, clama pelo veto presidencial.

O futuro de nosso País está em jogo.

Fonte: Cacispar