O Queijo do Sudoeste, da região homônima no Paraná, teve seu pedido de reconhecimento para a Indicação Geográfica (IG) protocolado no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), nesta quarta-feira (20). Com condições específicas de produção artesanal, sabor e características marcantes do queijo sudoestino, além da história atrelada à região, a expectativa é que, nos próximos meses, a requisição seja analisada e que o Paraná ganhe mais um produto com a chancela de Indicação de Procedência (IP), que reconhece a região como centro de referência queijeira.
Também estão em busca do reconhecimento e possuem pedidos protocolados no INPI: Cachaça de Morretes, Broa de Centeio de Curitiba, Mel de Prudentópolis, Camomila de Mandirituba e Urucum de Paranacity.
De acordo com o presidente da Aprosud e produtor, Claudemir Roos, o pedido de reconhecimento é um sonho que se torna realidade. Ele lembra que muito trabalho foi despendido e que essa busca traz reconhecimento aos produtores por toda a dedicação.
“Sem dúvidas aumenta a atenção de mais compradores, maior valor aos nossos produtos e mais renda para o campo e para as famílias que fazem da produção de queijo o seu ganha-pão. Além disso, atrai os olhares de outros agricultores que desejam produzir. Quem ganha com isso é a região”, afirma Claudemir.
Atento à possibilidade de diferenciação do produto, tradicional na região sudoeste do Estado, o Sebrae/PR auxiliou em todo o processo para transformar esse potencial em benefícios para os produtores, como visibilidade, valor agregado e acesso a novos mercados.
“A busca pela IG reflete em reconhecimento oficial de algo que é intrínseco à região e está vinculado à história do sudoeste do Paraná desde a sua colonização, o que confere identidade às diversas famílias de pequenos produtores do queijo colonial artesanal. Apresentar um produto que tem tradição ao consumidor, é uma forma de agregação de valor”, contextualiza a consultora do Sebrae/PR, Alyne Chicocki.
Reconhecimento e responsabilidade
Para a produtora Cristina Bombonato, do município de Pinhal de São Bento, o futuro reconhecimento da IG trará responsabilidades maiores ao mesmo tempo em que fará referência à cultura local.
“Implica em termos processos produtivos mais rigorosos e seguros através de boas práticas na propriedade. Isso faz diferença para o consumidor, traz credibilidade. Além disso, a IG também é um reconhecimento histórico, uma vez que a colonização italiana trouxe essa cultura da produção de leite e queijo. É a preservação dessa identidade que carregamos”, destaca.
Apoio
Além do Sebrae/PR e da UTFPR, o pedido de IG teve a participação do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná – Iapar – Emater (IDR-Paraná), da Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento do Paraná (Seab), de prefeituras e de produtores rurais.
Produtos com IG no Paraná
Atualmente, o Paraná conta com 12 produtos com Indicação Geográfica, sendo as Balas de Antonina; Melado de Capanema; Goiaba de Carlópolis; Queijo de Witmarsum; Uvas de Marialva; Café do Norte Pioneiro; Mel do Oeste; Mel de Ortigueira; Erva-Mate do Sul do Paraná; Morango do Norte Pioneiro; Vinhos de Bituruna; e Barreado do Litoral do Paraná.
Fonte: Assessoria Sebrae Paraná