Segundo dados do Departamento de Economia Rural (Deral), os preços do feijão preto e carioca apresentaram um aumento de 11% no varejo em janeiro, em comparação com dezembro de 2023. Essa alta mensal coincidiu com uma variação de 12 meses que teve direções distintas: o feijão preto valorizou em 16%, enquanto o carioca perdeu 15% de seu valor desde outubro.Os dados refletem as projeções do mercado, baseadas nas condições climáticas desfavoráveis.
O Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento, confirmou as previsões em seu Boletim de Conjuntura Agropecuária, referente à semana de 2 a 8 de fevereiro, analisando informações divulgadas pela Conab.Historicamente, o feijão carioca é mais caro, mas a oferta crescente da região Sudeste durante a primeira safra tem mantido seus preços pressionados em relação ao ano anterior. Já o feijão preto, com produção concentrada no Sul do Brasil, enfrentou mais desafios de produtividade na primeira safra, resultando em maior valorização.
No Paraná, onde a colheita da primeira safra atingiu 90%, a expectativa é de que a oferta não seja capaz de reverter a alta experimentada no último mês, ficando dependente dos outros estados produtores. Enquanto isso, o plantio da segunda safra do feijão preto está em andamento no Paraná, com 50% da área estimada já semeada. Essa segunda safra, que é a mais volumosa do estado, terá um papel crucial na formação dos preços regionais e nacionais, uma vez que o Paraná deve permanecer como o maior estado produtor de feijão no Brasil em 2024
.Embora a maioria das lavouras esteja em boas condições, muitas estão em estágios iniciais, menos críticos para a cultura. A partir de agora, algumas lavouras entrarão nos estágios reprodutivos, sendo março um mês chave para definir a oferta estadual, que provavelmente estará disponível apenas em maio, quando a colheita se intensifica.
Fonte/foto: Agrolink