O desaparecimento de Tânia Antunes, de 37 anos, em Francisco Beltrão, no Sudoeste do Estado, teve um fim trágico. Na manhã desta quarta-feira (08), após 13 dias, o corpo da servidora pública foi encontrado. Estava no meio de um matagal na comunidade de Santa Bárbara, interior do município, já em estado de putrefação. Tânia havia desaparecida no dia 25 de abril e desde então vinha sendo procurada pela família.
A última vez que ela tinha sido vista foi no início da tarde do dia 25 quando embarcou em um veículo de cor escura, após ter deixado uma casa lotérica no Bairro Alvorada em Francisco Beltrão. Desde o sumiço, a Polícia Civil começou a trabalhar com a hipótese de feminicídio diante das circunstancias e imagens de câmeras de monitoramento obtidas pela equipe de investigação. A polícia ainda contou com apoio essencial do Ciberlab do Ministério da Justiça e Segurança Pública, que aferiu os últimos passos e contatos da vítima.
Com aprofundamento das investigações, foi possível descobrir a propriedade do automóvel em que Tânia havia embarcado. O carro seria de um homem de 41 anos com quem ela vinha mantendo um relacionamento extraconjugal. Segundo a polícia, a situação teria se agravado no dia anterior ao desaparecimento, pois a esposa dele teria, supostamente, descoberto o caso.
As investigações prosseguiram e durante o trabalho a Policia Civil apurou que o suspeito teria suspostamente assassinado Tânia por meio de asfixia mecânica e também feriu o pescoço dela com um objeto cortante. A conclusão, porém, fica a cargo da Polícia Cientifica que fez a pericia no local onde o corpo estava. A polícia também confirmou a participação do irmão do suspeito, que teria dado auxilio material para o delito.
Diante das evidências, o delegado Anderson Andrei Grosso pediu a prisão temporária dos irmãos. Além disso, a polícia cumpriu mandados de busca e apreensão nas residências. O suposto amante de Tânia se reservou no direito de permanecer em silêncio durante o interrogatório, mas contou para os investigadores o local onde teria abandonado o corpo, sendo então possível a localização. Os irmãos devem responder pelos crimes de feminicídio e ocultação de cadáver, cujas penas, se condenados, podem superar os 30 anos de reclusão.
Fonte/foto: Polícia Civil