A Polícia Civil, através da DENARC ? Divisão de Narcóticos, Núcleo Regional de Pato Branco, com apoio do NOC ? Núcleo de Operação com Cães de Pato Branco, cumpriu, na manhã desta quinta-feira, 01 de agosto, mandados relacionados a investigação que apura crimes de lavagem de bens e valores.
Foram cumpridos na cidade de Pato Branco três mandados de busca e apreensão, buscas pessoais, sequestro de bens móveis e imóveis, constrição (bloqueio) de veículos, bloqueio de bens móveis, imóveis e bloqueio de ativos financeiros. O valor total das apreensões e bloqueios ainda está sendo contabilizado.
Nas buscas, um dos investigados foi flagrado portando uma pistola calibre 9mm, sendo autuado em flagrante pelo crime de porte ilegal de arma de fogo de uso proibido. Em sua residência, localizadas mais duas armas de fogo, uma pistola calibre 45 e uma espingarda semiautomática, calibre 12, e grande quantidade de munição.
Também foram apreendidos diversos documentos relacionados a imóveis de terceiros, confissões de dívidas e cheques de altos valores, cartões bancários de terceiros, e dinheiro em espécie.
As apurações tiveram início em maio de 2023 e revelaram indícios de que a pessoa jurídica investigada estaria sendo utilizada para dar aparência de legalidade a valores provenientes de atividades ilícitas.
Transações suspeitas foram identificadas, além de movimentação financeira milionária, imensamente superior à declarada. Além de mesclar o dinheiro sem procedência com os rendimentos da pessoa jurídica, o proprietário/administrador da empresa também utilizava conta de uma funcionária para movimentar os valores ilícitos.
Embora declarasse baixíssimos rendimentos, ele adquiriu em dois anos patrimônio milionário, comprando imóveis e carros de alto padrão, alguns em nome de ?laranjas?, para ocultar a propriedade. O investigado possui antecedente criminal por tráfico de drogas e alterou seu nome um dia antes da operação.
A investigação, concentrada principalmente em análises financeiras e patrimoniais dos suspeitos, buscou não apenas a responsabilização criminal deles, mas principalmente a identificação e retirada de todo o patrimônio adquirido com ganhos ilícitos, evitando que dele continuem usufruindo.
Segundo a polícia, a confiscação de bens é uma ferramenta crucial no combate a criminalidade, pois o enfraquecimento financeiro priva os criminosos dos recursos que sustentam a atividade ilícita, diminuindo sua capacidade de operar e expandir, além de servir como dissuasor, mostrando que o crime não compensa, que as leis são eficazes e os mecanismos estatais de combate e punição funcionam, permitindo, ainda, o redirecionamento desses bens em prol da sociedade.